Friday, February 16, 2007

Tem farinha no meu Vol au vent

Peguei pra ler essas revistas gratuitas que ficam disponíveis pra Brasileirada que vem tentar sorte no Velho Mundo na agência de envio de dinheiro, chama-se REAL (originalidade comendo a solta desses redatores).

Relevo muito do que leio pois já percebi que esses dublês de jornalista são Chapa Branca, mas o mais engraçado de tudo são quando eles começam a apontar os defeitos da sociedade belga (ou de qualquer outro país europeu) como se lá no Bananão a gente fosse exemplo pra alguma coisa.

Uma "repórter" escreveu sobre as supostas falhas do sistema educacional das escolas públicas daqui. E eu e pergunto qual a marca de óleo que esse povo usa pra lustrar a cara de pau?

Falando da minha condição de imigrante, até onde eu lembro, você paga € 10 (mais ou menos) por 1 ano de aulas, esse valor cobre (como foi o meu caso na STLB na Antuérpia) para assitir 3 horas e meia de aula durante 3 dias na semana, fonoaudióloga para ajudar os alunos que tinham problemas de pronúncia ou dicção e ainda tinha aulas suplementares além das apostilas que eram dadas em todas as aulas. Isso tudo por € 10 ao ano! pela cotação de hoje, uns R$ 27.

As salas também tinham TV, vídeo, projetor e aparelho de som e o que mais importante, tinham no máximo uns 20 alunos por classe.

E isso pra uma escola para imigrantes, imagina uma escola pública mediana para os "nativos" como foi relatada nessa reportagem.

Mas as desculpas da sujeita é que eram de rolar de rir, principalmente se levar em consideração que a cada ano que passa, as provas realizadas pelo MEC lá naquela utópica terra além-mar, têm resultados medíocres.

A criatura encasquetou até pelo fato de alguns professores utilizarem dialetos locais ao invés da língua oficial. Até onde sei e pelo que já notei aqui nos meus 9 anos de Bélgica, todo mundo que fala dialeto TAMBÉM fala a língua franca flamenga, ou seja, sem querer já é bilíngue de cara.

Não satisfeita, ela também implica com os métodos de avaliação e viaja na Helman's dizendo que os professores aqui não estão acostumados a usar o computador de maneira eficiente (o que ela quis dizer com isso acredito que nem ela sabe), que os professores são muito apegados ao protótipo de aulas tradicionais (alguém pode me fazer um desenho sobre isso, pois meu limitado QI de mico com dengue não me permite acompanhar a sutileza do pensamento dessa moça) e termina dizendo que as instalações das escolas têm que ser renovadas... hahahahaha. Enquanto no Bananão os telhados e rebocos das escolas públicas caem junto com o nível intelectual dos alunos. Deplorável!

Enfim,à essa brasileirada que vem pra cá e não deixa de praticar o maior esporte nacional de lá, depois do Arrastão, que é o Espírito de Porquismo, deveriam parar de adicionar farinha na comida dos outros ,pois o meu Vol au vent eu gosto é puro.

3 comments:

Unknown said...

hahahaha to aqui me rachando de rir!
Breno querido, voce nunca teve o desprazer de encontrar uma das "reporters" en-Viadas especias na Belgica? voce nao sabe o que esta perdendo... é de chorar!
como ex-emploie do diretor da agencia e da revista em consequecia posso te dizer que os conhecimentos em jornalismo sao os mesmos que os meus em astronomia...

danimilk said...

Pois é, Breno, nao sei de onde esse povo tira essas informações falsas!!!
Essa semana mesmo, escutei na rádio que a Bélgica está liderando o ranking pela ótima qualidade da educação!!!E eu assino embaixo!!
Se eles oferecem cursos de qualidades ,quase gratuitos, com ótimos professores e recursos,para nós, estrangeiros, imagine para os nativos???
Trabahei 8 anos de minha vida pela educaçao no Brasil!!Fui professora, coordenadora, pedagoga e o escambal!!E agora vem esse povo falar mal da educação daqui?Faça-me o favor!!

Joe Bass said...

Breno, essas revistas são, como vc mesmo disse , chapa branca. Não vale nada. Leros, Real, deixa isso pra imigrante chinelo petista. Te bato na mão se encostar em outra dessas ...